O projeto pretende analisar as relações entre cinema e história a partir do exame dos compilation films nas décadas de 1920 e 1940. A intenção é a de examinar as estratégias discursivas empregadas pelos filmes que recorrem ao material de arquivo a partir de duas chaves: a da valorização de sua dimensão de documento, entendida a imagem cinematográfica como registro de uma época e testemunho para o futuro; e a de monumento, tratada na perspectiva tanto de valorização simbólica de determinado evento e/ou personagem quanto da crítica ao documento, dentro da concepção trabalhada por Jacques Le Goff (1984). Nestas vertentes, o discurso fílmico é pautado por certa concepção de História, que sintetiza os problemas principais de cada contexto, situando a forma como o cinema apropria o discurso da modernidade e, ao mesmo tempo, o seu emprego como arma de combate em um contexto político fortemente polarizado ideologicamente. Neste período, consolidando-se como meio de comunicação de massa, o cinema passou a ser utilizado cada vez mais como “vitrine” em que a nação projeta as virtudes nacionais a serem celebradas em um cenário marcado pela corrida imperialista.
O objetivo mais específico é o de se debruçar sobre as obras que expressam e constroem as referidas estratégias discursivas, ligadas à afirmação do estatuto documental, à valorização do monumento cinematográfico ou à releitura e à desconstrução deste discurso, ou seja, daquilo que se afirma como imagens-documentos ou imagens-monumentos. Os filmes que serão examinados para entender tais perspectivas são os seguintes: A queda da dinastia Romanov (1927), de Esther Schub; In the shadow of the machine (Im Schatten der Maschine, 1928), de Albrecht Viktor Blum e Leo Lania; España (1939), de Esther Schub; Madrid 36 o España Leal en Armas (1937), de Luis Buñuel e Jean-Paul Le Chanois; Yellow Caesar (1941), Alberto Cavalcanti; Três Canções para Lênin (1934), de Dziga Vertov; Le Cinéma au service de l’Histoire (1935), de Germaine Dulac; Land of Liberty (1939), de Cecil B. DeMille.
O objetivo mais específico é o de se debruçar sobre as obras que expressam e constroem as referidas estratégias discursivas, ligadas à afirmação do estatuto documental, à valorização do monumento cinematográfico ou à releitura e à desconstrução deste discurso, ou seja, daquilo que se afirma como imagens-documentos ou imagens-monumentos. Os filmes que serão examinados para entender tais perspectivas são os seguintes: A queda da dinastia Romanov (1927), de Esther Schub; In the shadow of the machine (Im Schatten der Maschine, 1928), de Albrecht Viktor Blum e Leo Lania; España (1939), de Esther Schub; Madrid 36 o España Leal en Armas (1937), de Luis Buñuel e Jean-Paul Le Chanois; Yellow Caesar (1941), Alberto Cavalcanti; Três Canções para Lênin (1934), de Dziga Vertov; Le Cinéma au service de l’Histoire (1935), de Germaine Dulac; Land of Liberty (1939), de Cecil B. DeMille.
Palabras clave: Cinema e História; História do Cinema; História Cultural; Found Footage
Eduardo Victorio Morettin – Projetos de pesquisa Ricila 2018